Waka, arigatô!

O restaurante japonês mais folclórico que conheci foi o Waka, indicação do Marcelo Katsuki. Foi também o primeiro restaurante favorito-vizinho de casa, com comida gostosa, pra socorrer a qualquer hora faminta.


O atendimento especial da D. Maria também ajuda nessa memória de restaurantes bacanas em São Paulo. Seus pedidos berrados pra cozinha, e as boas vindas de "irashai masêeee" a batizaram carinhosamente de "a japa que grita".

Invariavelmente palpiteira, nas escolhas de cardápio como nas conversas dos clientes. E dá bronca mesmo a quem rejeita o tofu ("seus ossos vão quebrar!) ou usa elásticos para usar o hashi !!? O generoso teishoku tem que ser merecido, "senão pede o talher, née?".

Há um tempo soube que seu marido (e cozinheiro) faleceu e o restaurante hoje está fechado, com uma placa sentenciando sua venda.

E a gente se despede como quem diz tchau a um amigo, que acompanhou boas lembranças regadas a shochu e conversas de balcão, mesmo tomando bronca por fazer uma piscina de shoyu pra molhar o sashimi. (estas nunca foram pra mim :)

Que o próximo dono faça jus ao mais de 30 anos do melhor serviço rabugento-carinhoso que conheci.

Mas vou sentir saudade mesmo é do sorvete com calda caseira de feijão azuki de sobremesa.

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